terça-feira, 1 de setembro de 2009

RESULTADO DO FESTIVAL DE OLÍMPIA EXPOSTO PELO PRESIDENTE DA CNF

Em Olímpia: capital brasileira do folclore

Belíssima cidade, localizada na região Norte do Estado de São Paulo, a 470km da capital, uma excelente qualidade de vida. Sua economia sustenta-se na plantação de cana de açúcar e laranja. Rico artesanato e variada gastronomia. Sem falar nas várias indústrias instaladas para o beneficiamento de sua matéria prima.
Naquela cidade realiza-se o mais importante festival folclórico do Brasil que alcançou a 45ª edição. Uma iniciativa do grande pesquisador, professor José Sant’anna e seu alunado, no antigo colégio Olímpia, onde lecionava. Foi se expandindo para outras escolas, estabelecimentos comerciais da cidade, até chegar à Praça São João Batista e se transformar num dos mais importantes festivais do País. A amiga Ana Maria Cascudo esteve no ano anterior proferindo palestra e pode muito bem atestar tudo que aqui relatamos.
Com o passar dos anos, a praça não mais comportava o evento, mudou-se para o Centro de Esportes e Recreação Olintho Zambom. Até ganhar recinto próprio. Um majestoso espaço que ostenta o nome de Praça de Atividades Folclóricas José Sant’anna.
Nos dias atuais, transformou-se num contexto massificado, cuja ordenação do discurso direciona-se para a divulgação da cultura popular brasileira. Este Festival é reconhecido como o maior e mais importante do Brasil, notabilizando-se por preservar, divulgar e celebrar de forma inteligente, real, e ao mesmo tempo espetacular, a diversidade cultura brasileira, proveniente de todas as regiões do país. Constando danças e autos folclóricos; cursos, palestras, seminário, mesas redondas, culinária brasileira, desfiles, espetáculo pirotécnico, artesanato de várias partes do Brasil, gincanas, oficinas de brinquedos, etc.
Este ano teve o apoio e reconhecimento do Ministério do Turismo como um dos três eventos do Estado de São Paulo, gerador de fluxo turístico e elevado conteúdo cultural.
Atualmente é reconhecida como a capital brasileira do folclore e, este ano, o Brasil e o mundo pôde acompanhar (on line), transmissão em tempo integral, de tudo que aconteceu na bela e espaçosa praça de eventos.
Lá estivemos levando nossa modesta contribuição, proferindo palestra, cuja temática versou sobre o Pastoril D. Joaquina, de São Gonçalo do Amarante, uma ação bem sucedida de recuperação. Lá estiveram representando nosso Estado com o apoio do prefeito Jaime Calado. Valeu prefeito! O Brasil lhe agradeceu e aplaudiu as pastorinhas da terra de D. Militana. Participamos ainda de uma mesa redonda com representantes do Sudeste, Sul e Norte, sob a temática: Massificação e Cultura Tradicional, numa perfeita interação com pesquisadores, professores, estudantes e estudiosos.
Participaram treze Estados, 90 grupos. Uma amostragem bastante significativa para que estudiosos de várias partes do país pudessem tirar suas dúvidas e conclusões de como o folclore consegue sobreviver num contexto massificado. O Sergipano Luiz Antônio Barreto, grande estudioso e teórico do Folclore, foi feliz e conclusivo ao afirmar: “o cotidiano é um grande espelho sobre o qual refletem todas as manifestações expressivas do povo, como práticas que o uso consagra e renova”.
Sabedores disso cantam e renovam seus cantos. “Sou lenda/ Sou linda/ Sou folclore/ Sou Olímpia/ Cheiro de Brasil/ Cor do Brasil”.

Severino Vicente
Presidente da Comissão Norte-rio-grandense de Folclore

Publicado no "O Jornal de Hoje".

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